Gente

Ultimamente eu me pego sorrindo com coisas muito simples. Com pessoas.

Alguns conhecidos (e desconhecidos).
Alguns novos amigos. Outros antigos.

Uma praça.
Uma mesa no meio da Paulista.
Um café no frans.
A guia de uma rua, em frente à um boteco.
A casa de alguém.

Te recebem de braços abertos, sem esperar nada em troca. Nada.
Você não espera nada em troca.

E onde menos espera encontra mundos e universos.

Entre risos, falamos do tempo. Falamos da vida. De temores, de amores. Falamos de futebol à Krishna, de Jesus Cristo à Buda, de pecado e Karma.
Falamos dos cachorros das ruas. E às vezes, até com os cachorros de rua. Falamos dos grandes artistas, e conhecemos outros desconhecidos.

Falamos de motos e bicicletas. De política e anarquia.
Falamos do vento no cabelo e dos mosquitos nos dentes.
De quem gosta de pipoca, e quem odeia beterraba.
De quem gosta de Raul e de quem gosta de Raul. Ah, não tem como não gostar do Raul!

Algumas vezes nem dizemos nada.
E isso na verdade nem importa. Até o silêncio é companhia.

Alguns contam as moedas. Outros, pagam a conta dos amigos.
Alguns tem carros. Outros, motos. Vários usam o ônibus e muitos andam à pé.
Alguns tem um bom trabalho. Outros, nem trabalho tem.

Compartilhamos idéias e ideais, abraços e lágrimas.

Mas o que é uma delícia.. é que essas pessoas não querem provar nada para ninguém.

Que são melhores.
Mais inteligentes.
Mais talentosas.
Mais espertas.
Que tem mais grana.
Mais poder.
Que conhecem o mundo e o fundo.

Nada disso importa. O que importa é o sorriso no rosto. Essa é a moeda de troca.

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